Jazz na Lapa

Toda segunda-feira, grandes músicos da música instrumental brasileira se reúnem em um encontro que traz o espírito dos antigos eventos de jazz como os do Parque da Catacumba, Jazzmania, Free Jazz e Rio Jazz Club. Encontrar um bom lugar para se ouvir jazz na Lapa agora ficou bem mais fácil. Na Cachaçaria Mangue Seco, toda segunda-feira a partir das 19h se pode encontrar música de alta qualidade. Improvisações criativas e virtuosas, swing e um toque de blues apimentado com ritmos brasileiros é o que se pode encontrar no som do idealizador do projeto Marcos Ariel, que toca com Élcio Cáfaro e Papito Mello, mas sempre com convidados especialíssimos como Paulinho Trompete, Widor Santiago, Wilson Meireles e quem tiver moral de fazer bonito à frente dos maiores nomes do jazz brasileiro. A proposta musical do projeto é permitir que o cliente que chegue às segundas-feiras ao segundo andar do Mangue Seco possa desfrutar de um som otimamente tocado e com originalidade, garantida pela flexibilidade da programação, onde sempre haverá músicos distintos, porém com uma característica marcante: a qualidade. O clima remonta às gig´s dos principais clubes de Nova Iorque e Los Angeles. Inclusive o histórico internacional dos músicos presentes reforça essa característica. O carismático Marcos Ariel já lançou cd´s nos Estados Unidos, na frança e nos principais eventos do Brasil e do mundo. Paulinho Trompete é um dos sempre presentes convidados de Marcos Ariel. O trompetista já tocou no Olympia e no Carnegie Hall, acompanhou Ray Charles, Dizzy Gillespie, Chet Baker, João de Aquino, Azymuth e Leny Andrade. Outro virtuoso que comparece para engrossar o caldo feito por Marcos é Widor Santiago, o Periquito. O tenorista elogiado por Wayne Shorter, tocou com Airto Moreira, Dave Weckel, Delmare Brown, Efrain Toro, Luis Avellar, Marcos Rezende, Mike Estern, Nico Assumpção, Pascoal Meireles e Paulo Russo. O baterista Wilson Meirelles também já esteve nos principais festivais de jazz do mundo como o de Montreux. Esteve ao lado de grandes nomes como Hermeto Pascoal e na banda Black Rio, além de arregimentar em seu quinteto músicos do naipe de Widor Santiago, Hamleto Stamato, Ney Conceição e Guilherme Dias Gomes. Os jazzistas experientes que sempre estarão no Lapa Jazz Brasil também abrem algumas brechas nas jams para breves participações de novas revelações. O que sugere também uma renovação e principalmente troca de experiências no atual cenário de jazz que vêm crescendo no Rio de Janeiro e agora na Lapa. Os concertos duram em média 3 horas divididos em dois set´s. Nessas primeiras semanas de projeto o público tem elogiado o projeto: “Muito bom! É um som diferente, não é sempre aquela mesmice de ter sempre o mesmo repertório do Real Book, além de ter a ótima surpresa de um ótimo convidado”. Disse o designer Pedro Kuperman, que também é guitarrista. “Semana passada tava o João Braga e Paulinho Trompete aqui, hoje está o Periquito (Widor Santiago), isso me recorda as antigas gig´s que o próprio Marcos organizava no Jazz Mania que do nada subia no palco um artista gringo em turnê pelo Brasil que tinha ido assistir ao show da noite.” Dizia um jovem senhor órfão das antigas casas de jazz, sentado na mesa bem à frente do palco. Apoiando a renovação e a difusão cultural na Lapa, o Mangue Seco dá aos estudantes de música um desconto na entrada. Para reservar seu lugar, ligue 3852-1947.

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